O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da fisioterapia convencional e do feedback eletromiográfico (EMG) associados ao treino de tarefas específicas na recuperação da função motora do membro superior de pacientes com hemiparesia em consequência do acidente vascular encefálico. Doze pacientes foram avaliados e divididos de forma aleatória em dois grupos: Grupo 1 - Fisioterapia convencional, Grupo 2 -feedback EMG. Todos os pacientes receberam três sessões semanais de 50 minutos de duração, por oito semanas. Foram avaliados o comprometimento motor, funcionalidade e espasticidade, por meio do teste Fugl-Meyer (FMA), TEMPA e Escala Modificada de Ashworth, respectivamente. Os resultados mostraram que em ambos os grupos não houve alteração da espasticidade e que ocorreu melhora significativa nos valores de FMA, após os programas de reabilitação. Em relação aos escores do TEMPA, somente o grupo 2 apresentou ganhos significativos. A comparação dos ganhos obtidos na escala modificada de Ashworth e FMA não revelou diferenças entre os grupos. No entanto, o grupo 2 apresentou ganhos superiores ao grupo 1 em duas tarefas do teste TEMPA. Os resultados sugerem que o treino funcional utilizando o feedback EMG pode ter efeitos positivos na melhora da função motora do braço, no entanto, devido às pequenas diferenças encontradas entre os grupos, concluiu-se que o feedback EMG não foi superior à outra forma de tratamento.
The purpose of the present study was to evaluate the effects of conventional physical therapy and task specific training associated with electromyographic (EMG) feedback to recover upper limb motor function in patients with hemiparesis caused by stroke. Twelve patients were evaluated and then randomly assigned to either of two groups: Group 1 - Conventional physiotherapy; Group 2 - EMG feedback. Patients attended three weekly 50-min sessions, for eight weeks. The evaluated aspects were motor impairment, motor function, and spasticity, using the Fugl-Meyer Assessment (FMA) test, TEMPA, and the Modified Ashworth Scale (MAS), respectively. Results showed that, in both groups, there were no changes in spasticity in the groups, but there was a significant improvement in FMA values after the rehabilitation programs. Regarding TEMPA scores, only Group 2 presented significant gains. The comparison of the MAS and FMA gains showed no differences between groups. However, group 2 showed greater gains in the two tasks of TEMPA. The results suggest that functional training using EMG feedback can have positive results in improving arm function. However, due to small differences between groups, concluded that EMG/Biofeedback therapy was not superior to other form of treatment.